Administração do prefeito Bruno: Linhares segue sem água, sem rodoviária, sem segurança e sem coveiro
A cidade de Linhares no Norte do Estado, administrada pelo prefeito Bruno Marianelli, parece estar à beira de um colapso administrativo. A gestão do atual prefeito, segue sem rumo, sem planejamento e totalmente desorganizada.
Apesar de Linhares fazer parte de um grupo seleto de cidades, onde se concentram as maiores arrecadações do Estado, a gestão Marianelli, patina em planejamento e ações, onde a cada dia que passa cresce assustadoramente o número de assaltos, arrombamentos, homicídios, despejo de esgoto nas lagoas urbanas, desvalorização dos servidores públicos, alunos estudando em contêineres, e agora, até falta de coveiro em cemitério.
Falta de água
Mesmo sendo uma das cidades com a maior reserva aquífera do país, onde se concentra em uma mesma cidade mais de 70 lagos, já se tornou comum o compartilhamento de vários vídeos feito pela população em grupos de whatsapp e pelas redes sociais, mostrando torneiras sem água, caixas de água secas, pessoas sem água para tomar banho, lavar roupas e até mesmo para fazer comida.
O desespero das famílias e a indignação por esta situação é sem precedentes, e infelizmente quem vive esta situação não vê solução a curto ou a médio prazo, isso por que, a várias décadas o município não investe em restruturação e tecnologia no SAAE – Serviço Autônomo de Agua e Esgoto do município, responsável pelo gerenciamento, cobrança e manutenção por toda rede de abastecimento de água e tratamento de esgoto da cidade.
Esgoto despejado nas lagoas
Apesar das advertências feitas por cientistas, meteorologistas e estudiosos do clima, que alertam para severas secas e escassez de água potável para os próximos anos, a atual gestão de Linhares parece não levar a sério estes alertas.
Enquanto em outras cidades pequenos lagos, nascentes e córregos são protegidos e cuidados como um bem precioso que realmente são, em Linhares, as lagoas urbanas são utilizadas para despejo de esgoto in natura, causando a total poluição, impossibilitando seu uso para consumo humano ou animal, sendo imprópria para criação de peixes, lazer, pratica de pesca ou atividades esportivas devido ao alto grau de poluição, como comprovou um recente estudo conduzido pelos alunos e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (IFES).
Insegurança
Para 2024 está previsto em Linhares, uma arrecadação de R$ 1,15 (um bilhão e quinze milhões de reais). Apesar de tanto dinheiro, a cidade lidera o ranking estadual de violência no Estado.
Até agora o município já registrou 75 homicídios em 2023, sendo uma das maiores taxas proporcionais para cidades com mais de 100 mil habitantes do Espirito Santo.
Especialistas em segurança garantem, que um número tão alto de homicídios em uma cidade tão rica como Linhares, se deve à falta de investimentos em um plano municipal de combate a violência, e décadas de abandono pelo município em políticas públicas sociais votadas para bairros carentes, famílias de baixa renda e projetos sociais e profissionalizantes, principalmente para jovens e adolescentes.
Desvalorização dos Servidores Municipais
Mesmo sendo a categoria que está na linha de frente dos serviços públicos fornecidos para uma população de quase 200 mil habitantes, os servidores municipais de Linhares, parecem estar no final da fila, quando o assunto é valorização.
Apesar de serem responsáveis pela execução, atendimento e fornecimento dos serviços básicos e prioritários da população, os servidores municipais, esperaram até a tarde de ontem 12/12, para receberam a notícia da administração municipal, que a partir de 2024 terão reajuste salarial de 3,85% e um acréscimo de R$ 30,00 (trinta reais) no tíquete alimentação.
O reajuste salarial de 3,85%, oferecido pelo prefeito Bruno, ficou abaixo do índice da inflação do ano, que atingiu 4,51%.
Fala de rodoviária
Linhares talvez seja um caso único no Brasil, onde se inaugurou um aeroporto, mas onde a população não tem rodoviária.
Esta é mais uma das tristes referências da cidade, onde após certo horário da noite, quem precisa embarcar ou desembarcar para viagem, precisa esperar o ônibus nas calçadas, sobe chuva, sereno e friagem.
Com 223 anos de fundação, com a arrecadação aumentando ano após ano, as famílias são obrigadas a passar por esta humilhação, onde crianças, gestantes, idosos e deficientes físicos, não tem nenhum conforto ou segurança na hora de fazer suas viagens, que não seja o básico oferecido pela empresa de ônibus que opera o terminal rodoviário da cidade.
Falta de coveiro
Não bastasse todos esses problemas enfrentados pela incapacidade de gestão municipal, na tarde de ontem, uma família no distrito de Bebedouro, onde se concentra a parte da cidade que contribui com a maior arrecadação de impostos do município, uma família teve que cavar com as próprias mãos a cova no cemitério público municipal, para enterrar um parente por falta de coveiro, algo jamais visto na história de Linhares.