Polícia Federal faz busca e apreensão na residência do Governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC)

Além do Palácio das Laranjeiras, a PF esteve no Palácio Guanabara – sede do governo do Rio -, na residência onde morava Wilson Witzel antes de ser eleito; na residência de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde; na residência de Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde – atualmente preso; escritório do Iabas, empresa que administra os hospitais de campanha; e na sede da Secretaria Estadual de Saúde.

Os mandados de busca e apreensão, realizados na manhã desta terça-feira (26), foram autorizados pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Denúncias contra mulher do Governador

Segundo o Ministério Público Federal, o escritório de advocacia de Helena Witzel, mulher de Wilson Witzel, recebeu dinheiro de uma das empresas de Mário Peixoto, informa Fabio Leite na Crusoé.

O empresário, que foi preso no dia 14, é acusado de fraudar contratos milionários com o governo do Rio

De acordo com o MPF, o escritório da primeira-dama tinha um contrato de prestação de serviços de honorários advocatícios com a empresa DPAD Serviços Diagnósticos.

A companhia integra um consórcio que detém contratos ativos de saúde com o governo Witzel e prefeituras do estado.

A bolada do Centrão no governo federal Documentos apreendidos pela Operação Favorito, deflagrada pelo MPF do Rio em 14 de maio e que resultou na prisão de Peixoto, revelam “transferências de recursos” entre a empresa do grupo de Peixoto e o escritório de advocacia de Helena Witzel.

Governo do Rio culpou Presidente Bolsonaro pela Operação da PF

Ferrenho opositor do Presidente Jair Bolsonaro, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que foi alvo de operação da Polícia Federal na manhã desta terça (26), culpou o presidente Jair Bolsonaro pela existência da força-tarefa.

Os crimes investigados na operação de hoje são peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, o STJ autorizou depoimentos e, portanto, Witzel pode ser confocado a prestar depoimento a qualquer momento.

Em nota, o governador do Rio afirmou:

“Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará”.

E acrescentou: “A interferência anunciada pelo presidente da República está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos.

Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro”.

Witzel diz que interferência de Bolsonaro na PF está ‘oficializada’