Deputado Bruno Lamas acusa oposição contra Casagrande de espalhar mentiras

O deputado estadual Bruno Lamas, que faz parte da base aliada do governo e é líder do PSB na Assembleia Legislativa, endureceu o discurso e lamentou hoje (7) o que chamou de “falácias” e “inverdades” ditas pelos colegas de oposição, para tentar jogar a opinião pública contra a maioria da Casa.

A reação de Bruno ocorreu após três requerimentos de urgência de projetos que batem de frente com o governo do Estado terem sido colocados em pauta e rejeitados pela maioria dos parlamentares.

São eles: o projeto que prevê o congelamento do IPVA, de autoria dos deputados Hudson Leal e Carlos Von; outro que suspende o aumento da passagem de ônibus do Transcol, de Von; e o terceiro que desobriga a cobrança do passaporte vacinal no Estado, este último de Torino.

Para Bruno, era importante que ficasse claro que apenas os pedidos de urgência seriam votados, e não os méritos, e, para ele, os colegas oposicionistas erraram o tom, ao dizer, abertamente dos microfones durante a votação das urgências, que os demais parlamentares estavam votando contra a população.

“Dizer que este parlamento está aumentando o IPVA? Que este parlamento quer que as pessoas fiquem aglomeradas em ônibus? Que vamos decidir a questão da vacina? Isso é falácia! É faltar com a verdade”, reagiu Bruno, em forma de desabafo, ao final da sessão.

Bruno declarou que ficou surpreso com o nível. “Poucas vezes, eu vi uma sessão com o nível tão baixo, mesquinho, com os colegas agredindo uns aos outros com falácias, colocando responsabilidade onde não há, generalizando as coisas. E depois convive como se nada tivesse acontecido”, declarou.

E emendou: “É o tipo de gente que acha que na política vale tudo.

Lá fora é uma pessoa, em casa e na igreja, mas aqui vale tudo. Vale conversar fiado, acusações e dedo na cara.”

Segundo o deputado, “não faltaram médico, cientista e dono da razão, mas o difícil mesmo é convencer o médico, o enfermeiro, o técnico, ou seja, o profissional de saúde que está lá na ponta lutando para salvar vidas de pacientes de covid”.

“Eu internei meu pai por 14 dias e pude conversar com um técnico que, chorando, me relatou que o pai dele morreu de covid e não havia vacina. A pessoa não é obrigada a se vacinar. Mas quem tomou a vacina, quase 80% da população, tem o direito de estar num ambiente em que as pessoas se vacinaram”, opinou.

Por fim, o deputado tentou amenizar os ânimos. “Então, defendo o equilíbrio, o diálogo, o bom debate. Grito não ganha jogo, não resolve as coisas. Eu me sinto muito mal pelas inverdades. Foram palavras que mereciam ser retiradas da ata ou, que se permanecerem, que fiquem registradas na memória do colegiado. Foi um momento lastimável!”, avaliou.