Hipertensão atinge um em cada quatro brasileiros e cardiologista faz alerta para grupo de risco
Silenciosa, mas perigosa. Essa é a definição feita por especialistas sobre a hipertensão, uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias e que atinge um em cada quatro brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde.
No Dia Nacional de Combate à Hipertensão comemorado no dia de ontem (26 de abril), o cardiologista do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), Diogo Barreto, faz um alerta à sociedade sobre a gravidade do assunto.
“Silenciosa durante muitos anos, a hipertensão pode passar despercebida na maioria dos casos. É raro o paciente sentir sintomas e quando isso acontece, a doença já está na forma mais grave”.
A preocupação aumenta quando o assunto é a Covid-19, doença desencadeada pelo novo coronavírus. Isso porque os hipertensos são considerados grupo de risco e necessitam de cuidados redobrados.
“Os pacientes com hipertensão têm uma resposta do organismo de autorregulação exacerbada da pressão, liberação de alguns hormônios que podem causar um desequilíbrio, entre outras características. Por esse motivo a Covid-19 pode resultar em maiores complicações nos hipertensos”, esclarece o médico.
Ainda de acordo com ele, a hipertensão pode ser um fator preocupante para outras doenças, uma vez que 80% dos pacientes que têm Acidente Vascular Cerebral (AVC) são hipertensos, assim como 70% dos que sofrem infarto e 60% dos quadros de insuficiência cardíaca.
Alimentação saudável e a rotina de exercícios físicos podem fazer a diferença para aqueles que têm uma predisposição para a doença e são fundamentais para quem já recebeu o diagnóstico de hipertensão. Em tempos de isolamento social, os hábitos não podem ser esquecidos.
“Nesse período em que as pessoas estão cozinhando mais em casa, a orientação é usar sódio em menor quantidade, evitar bebidas alcoólicas e fugir de uma alimentação rica em gordura. A doença é controlada com medicação adequada e hábitos saudáveis, por isso o nosso maior desafio é contar com o apoio do paciente para seguir as recomendações”, afirma dr. Diogo Barreto.