Milhares de peixes aprecem mortos em lagoa do bairro mais populoso de Linhares

Milhares de peixes de várias espécies como traíras, tilápias, cascudos e piabas, entre ouros, apareceram mortos na lagoa da Linha Verde, em Linhares, no Norte do Estado na manhã de ontem 12/10.

Um vídeo, que circula pelas redes sociais, narrado por uma mulher que demostra estar muito assustada com a cena e pela grande quantidade de animais mortos, chocou a população de Linhares e cidades vizinhas.

De acordo com um biólogo, que falou com o Radar Capixaba em anonimato, segundo ele, essa grande quantidade de peixe mortos boiando na lagoa, é a consequência de anos de despejo de esgoto sem tratamento nas águas e mananciais da cidade.

“Essa grande mortandade de peixes é devido ao grande despejo in natura nas águas, ou seja esgoto sem tratamento. Ai esse esgoto desencadeia uma grande quantidade de nutrientes na lagoa que é o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), e esse nutriente é proveniente de esgoto doméstico, principalmente de urina e fezes humanas.

E com essa grande quantidade de nutrientes disponível, as macroalgas se reproduzem em uma velocidade muito grande, então acontece um fenômeno chamado sequestro de oxigênio, então elas acabam roubando o oxigênio que iria para os peixe para se reproduzirem e acabam matando os peixes por asfixia”, disse o biólogo.

A Prefeitura de Linhares através de sua Assessoria de Comunicação, disse que “a mortandade pode estar ligada a mudança brusca da temperatura e movimento das águas, que provocaria a ascensão da água do fundo, pobre em oxigênio, para superfície, sendo um fenômeno natural chamado de inversão térmica e que, ocasionalmente, pode ocorrer fenômenos como esse”.

Informou também que a Secretaria do Meio Ambiente já coletou água do manancial para análise e que os peixes serão recolhidos do local.

O forte o cheiro de podridão na região de causado mal estar na população que mora as margens das lagos e causado apreensão, sob a possibilidade das aguas contaminar os lenções freáticos ou plantações como hortas e pés de frutas dos quintas que existem no entorno da lagoa.