Delação no Ministério Público, pode caçar mandato do Deputado Pablo Muribeca
Igor Corato, que foi um dos estrategistas, da campanha que saiu derrotada a prefeitura da Serra, do Deputado Pablo Muribeca, negocia delação com o Ministério Público e promete revelar bastidores sombrios da campanha eleitoral mais agressiva da história recente do município serrano.
Bastidores sombrios da Campanha de Muribeca podem levar à cassação
A campanha de Pablo Muribeca à prefeitura da Serra, marcada por métodos considerados espúrios e antidemocráticos, voltou ao centro das atenções após seu ex-aliado, Igor Corato, iniciar tratativas com o Ministério Público para firmar um acordo de delação premiada. A movimentação, segundo fontes próximas ao caso, pode representar um divisor de águas na política capixaba, e o início do fim do mandato do atual deputado estadual.
Condenações e Fake News: O Passivo Judicial que Acomete Muribeca
Pablo Muribeca já acumula duas condenações confirmadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por disseminação de fake news durante a campanha. As multas ultrapassam R$ 85 mil. Contudo, o passivo judicial do deputado é ainda maior: decisões desfavoráveis em ações eleitorais já somam mais de meio milhão de reais.
As acusações vão desde abuso dos meios de comunicação até o uso de estrutura de redes sociais para difamar adversários. Caso a delação de Corato revele detalhes organizados e provas documentadas, Muribeca pode ser afastado do cargo e se tornar inelegível por vários anos.
A Máquina da Difamação e os Bastidores de uma Estratégia Criminosa
Igor Corato, que atuou como estrategista da campanha de Muribeca, foi condenado por orquestrar uma série de ataques direcionados contra o candidato e atual prefeito da Serra Weverson Meireles (PDT). Ele divulgou vídeos com montagens, insinuações religiosas e mensagens interpretadas como ameaças pessoais.
Entre os elementos mais graves, a Justiça identificou uma rede coordenada de disseminação de propaganda difamatória via aplicativos de mensagem e redes sociais. A sentença descreve a atuação de Corato como parte de uma estrutura montada para “aniquilar reputações”, algo que, segundo especialistas, pode configurar crime eleitoral e associação criminosa.
Delação: A Bomba de Corato contra Muribeca
Agora rompido com Muribeca e sentindo-se abandonado, Corato negocia sua delação com o Ministério Público Eleitoral. Nos bastidores, afirma-se que ele possui provas contundentes de que as ações não foram isoladas, e sim parte de uma estratégia elaborada por membros-chave da campanha.
Há expectativa de que a delação atinja não apenas Muribeca, mas também o ex-deputado Erick Musso, já que Corato ocupou cargos em seu gabinete. Os desdobramentos podem gerar um efeito cascata, expondo uma rede de influência e cooptação que atravessa partidos e gabinetes.
Justiça aperta o cerco contra Pablo Muribeca
- Multas que somam R$ 330 mil contra Corato;
- Suspensão de seus perfis nas redes sociais;
- Proibição de qualquer nova publicação sobre Weverson Meireles;
- Encaminhamento do caso ao Ministério Público para apuração de crime de desobediência, conforme o artigo 347 do Código Eleitoral.
Essas penalidades, porém, podem se tornar apenas a ponta do iceberg. Se as declarações de Corato forem acatadas com provas, Muribeca pode ser enquadrado por abuso de poder político e econômico, além de uso indevido dos meios de comunicação, abrindo caminho para a cassação de seu mandato por decisão da Justiça Eleitoral.
Ex-aliado deixa Muribeca à beira da cassação
Conhecido por seu trânsito nos bastidores da política capixaba, Igor Corato passou de peça-chave da engrenagem eleitoral de Muribeca a um possível delator com capacidade de derrubar estruturas inteiras de poder. A confiança rompida virou ameaça concreta — e agora, ele afirma estar pronto para “contar tudo” sobre como funcionou a engrenagem da campanha.
O Fim da Linha para Muribeca?
A delação de Corato pode se tornar o estopim de uma das maiores crises políticas da história recente do Espírito Santo. Com um mandato cada vez mais frágil, Pablo Muribeca enfrenta não apenas os processos em andamento, mas também o risco real de perder o cargo e ficar fora da disputa eleitoral por anos.
O cerco se fecha e a política da Serra pode não ser a mesma depois que a verdade vier à tona.
Fonte: Diário de Notícias