Uso demasiado do celular na quarentena pode ser prejudicial aos olhos
A necessidade de isolamento da população, causada pelos reflexos da pandemia da Covid-19, transformou a rotina de muitas pessoas em todo o mundo. Com maior tempo passado em casa, também aumentou o período de exposição às telas de celulares, computadores e televisões.
Diante deste cenário, a oftalmologista Liliana Nóbrega, especialista no tratamento da Síndrome do Olho Seco, faz um alerta: o uso contínuo de dispositivos digitais pode trazer consequências graves aos olhos.
De acordo com a médica, quanto mais tempo se passa exposto às telas, menor é a quantidade de lubrificação do olho, que está diretamente ligada às piscadas que se dá. E a situação pode se agravar mais se a pessoa possuir predisposição para desenvolver a Síndrome do Olho Seco, que acomete cerca de 15% da população mundial.
“Esta síndrome é caracterizada por uma deficiência na produção ou na qualidade das lágrimas provocando, principalmente, o ressecamento da superfície do olho. Entre os sintomas estão ressecamento, vermelhidão, ardor e coceira. Os estágios da doença vão de leve a moderado e grave.
Os casos de moderado para grave trazem muito desconforto – dor, baixa da acuidade visual, dificuldade no uso de lentes de contato, dificuldade em atividades de rotina como ler, ver tv, usar o computador. Além disso, o olho sem lágrima é um olho que enxerga mal”, explica a oftalmologista especializada no tratamento da Síndrome do Olho Seco, Liliana Nóbrega.
“A incidência da doença vem aumentando ao longo dos anos e, de acordo com especialistas de todo o mundo, está diretamente ligada a hábitos não recomendados da vida moderna. Há um impacto mundial por conta de as pessoas ficarem, por muito tempo, em frente a um computador, notebook, celular, tablet, piscando muito menos do que o normal e, com isso, deixando de lubrificar os olhos”, conta.
Diante deste cenário, profissionais de oftalmologia vêm alertando aos seus pacientes para tomar cuidado com o tempo que passa exposto aos dispositivos digitais. “Temos buscado recomendar aos pacientes, principalmente àqueles que já possuem a síndrome, que realizem atividades que não estejam ligadas a um esforço repetitivo dos olhos, tais como jogos de tabuleiro, a conversa dentro de casa, dentre outras atividades que não exijam tanto”, acrescenta a Dra Liliana Nóbrega.
Por fim, a especialista recomenda: “se a pessoa começar a desenvolver qualquer um dos sintomas descritos, procure imediatamente um médico oftalmologista”.
Por se trata de um serviço essencial à população, os consultórios vêm operando com horários diferenciados e atendimento com total segurança para o paciente e o médico, a partir do uso de EPI como máscara, luvas, avental, entre outros itens.