Presidente do STF proíbe Polícia Federal de fazer buscas e apreensões no gabinete de José Serra (PSDB)
A Polícia Federal (PF) foi barrada pela Polícia Legislativa ao tentar cumprir mandado de busca e apreensão no gabinete do senador e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na manhã desta terça-feira (21).
Segundo o portal R7, o motivo do impedimento é que nenhuma outra força de segurança, sem ser a Polícia Legislativa, tem autorização para entrar no Senado, a não ser com a ordem expressa do STF ou autorização do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
A operação da PF, tinha como meta, fazer buscas e apreensões no gabinete de José Serra (PSDB-SP), dentro da Operação Paralelo 23, que faz parte da terceira fase da Operação Lava Jato Eleitoral, deflagrada hoje para investigar caixa 2 repassado à campanha de 2014 do senador.
Segundo o G1, na decisão, Toffoli afirma que, inicialmente, a decisão da 1ª Vara Eleitoral de São Paulo “pode conduzir à apreensão de documentos relacionados ao desempenho da atividade parlamentar do senador da República, que não guardam identidade com o objeto da investigação”.
“Sem prejuízo de reanálise pelo eminente relator, defiro a liminar para suspender a ordem judicial de busca e apreensão proferida em 21 de julho de 2020 pelo Juiz Marcelo Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, nas dependências do Senado Federal, mais especificamente no gabinete do Senador José Serra”, decidiu.
As demais buscas, no apartamento funcional que Serra ocupa em Brasília, em dois imóveis do senador em São Paulo e na sede da Qualicorp seguem autorizadas, assim como as quatro prisões temporárias estabelecidas por Marcelo Vargas.
Conforme noticiado pelo Conexão Política, o parlamentar foi alvo, novamente, de mandados em endereços ligados a ele, por investigação de caixa dois supostamente cometido em 2014.
A operação apura o repasse de R$ 5 milhões da empresa para a campanha de Serra.