Mais de 1.100 famílias vulneráveis são atendidas pelo Edital de Proteção Social

Entidades selecionadas pelo Edital de Proteção Social da Fundação Renova estão atendendo a mais de 1.100 famílias vulneráveis atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão (MG) nos municípios de Aracruz, no Espírito Santo, e Tumiritinga, em Minas Gerais.

A mobilização das famílias e as atividades coletivas, que abrangem palestras, ações comunitárias, rodas de conversa e oficinas para crianças, adolescentes, adultos e idosos, foram iniciadas nas comunidades no final do ano passado com o objetivo de fortalecer vínculos familiares e comunitários.

Em Aracruz, por exemplo, a Associação Amigos da Justiça, Cidadania, Educação e Arte atende, desde novembro de 2021, 800 famílias vulneráveis a partir do projeto Saber Viver – Construindo Novas Vivências.

A entidade promove atividades que favorecem o convívio comunitário e social, bem como a transformação da realidade local. Até o momento, foram realizadas oficinas de ginástica, dança, beleza e artes.

O município de Aracruz também está sendo contemplado com outros três projetos por meio do edital. Juntas, as ações receberão um investimento total de mais de R$ 1,7 milhão para complementar os serviços socioassistenciais do município e, dessa maneira, fortalecer o Sistema Único de Assistência Social (Suas).

“A adesão dos participantes tem sido muito positiva. Por todo carinho e valorização que estamos recebendo, percebemos a necessidade de apoiar e de apresentar a estas pessoas possibilidades, oportunidades de aprendizagem, trocas e conhecimento. Poder contribuir tem nos dignificado a cada aula, em cada comunidade”, Eliane Tartaglia Ferreira dos Santos, Coordenadora do projeto em Aracruz.

O edital faz parte do Plano de Reparação em Proteção Social da Fundação Renova e visa apoiar projetos voltados ao atendimento de famílias atingidas que vivem em situação de vulnerabilidade social.

A ação está prevista para atender até 11 cidades, sendo sete em Minas Gerais – Aimorés, Belo Oriente, Galileia, Governador Valadares, Resplendor, São José do Goiabal e Tumiritinga – e quatro no Espírito Santo – Aracruz, Baixo Guandu, Colatina e Sooretama.

O repasse total estimado será de R$ 9,5 milhões, distribuídos de acordo com as especificidades de cada localidade em relação às famílias vulneráveis atingidas, desde que com a anuência das prefeituras.

Em Tumiritinga, a Rede Vidas tem a expectativa de atender em torno de 330 famílias vulneráveis com o projeto Fortalecimento de Vínculos e Práticas Socioculturais e Assistenciais.

O objetivo é fomentar o protagonismo e a autonomia de mulheres, crianças e adolescentes a partir de experiências lúdicas, culturais e esportivas. Ao todo, estão sendo destinados mais de R$ 630 mil para ações assistenciais no município.

A mobilização social, que consiste na visita e conscientização das famílias, foi iniciada em janeiro de 2022. Concluída essa etapa, o próximo passo será a realização das atividades coletivas. A entidade entende que é preciso trabalhar propostas para minimizar os impactos advindos do rompimento da barragem de Fundão (MG), com ações socioculturais, socioassistenciais e psicossociais junto às famílias impactadas.

“Buscamos contato com lideranças locais das comunidades e elas têm sido muito receptivas e disponíveis em ajudar nesse início do processo de mobilização. Nossa mão de obra é local, o que facilita a abordagem e também passa maior confiabilidade”, Estéfane Freire, Coordenadora do projeto em Tumiritinga.

Plano de Reparação em Proteção Social

Além do edital, os municípios atingidos também podem aderir ao Plano de Reparação em Proteção Social por meio da assinatura de um Termo de Cooperação Técnica. Com o repasse de recursos feitos diretamente aos municípios, serão viabilizadas a contratação de profissionais para ampliar o atendimento às famílias e a compra de insumos para as atividades nos serviços dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), além de equipamentos e capacitações para os profissionais.

As duas modalidades de adesão ao Plano de Reparação em Proteção Social têm duração de até dois anos e as ações poderão beneficiar mais de 14 mil famílias vulneráveis nos dois estados.