Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas define Comissão Estadual

Nesta segunda-feira (11), em reunião ordinária do Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas (FCMC) foi deliberada e definida a Comissão Estadual de Mudanças Climáticas (CEMC), que dará suporte técnico às demandas internas do Fórum, além de supervisionar as Câmaras Técnicas e os Grupos de Trabalho que serão designados para debater e propor ações em diversas temáticas relacionadas ao enfrentamento ao aquecimento global no Estado.

Para o governador do Estado, Renato Casagrande, que também participou do encontro, a Comissão Estadual vai contribuir significativamente para o fortalecimento das ações de prevenção, mitigação e adaptação de iniciativas e medidas para redução da vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos nos impactos derivados das mudanças climáticas.

“Instituímos o Fórum em 2019, como desdobramento do Programa Capixaba de Mudanças Climáticas, com o objetivo de alavancar ainda mais o Espírito Santo no protagonismo para o enfrentamento das questões relativas ao clima e no fortalecimento da resiliência do Estado frente a estes eventos extremos. São estimados mais de R$ 2 bilhões de investimentos, com interfaces com vários programas do Governo, integrando 16 órgãos estaduais”, afirmou o governador.

Na reunião, o diretor de projetos do Centro Brasil do Clima (CBC), Willian Wills, fez uma apresentação contextualizada para os membros do Fórum sobre o cenário atual do planeta, apontando os desafios dos países para o enfrentamento das variações de temperatura no mundo, ocasionadas pelo efeito estufa. Wills alertou ainda sobre a necessidade de união de governos, academia, setor privado e sociedade na busca de soluções.

“Há uma representatividade significativa no Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas, mas somado a isso é necessário irmos ao encontro da construção de planos estratégicos e da elaboração regular de estudos climáticos para o Espírito Santo, que incluam inventários de emissões de Gases de Efeito Estufa [GEE], de planos de mitigação e de cenários de emissões de GEE, de planos de adaptação, além de planos setoriais de mitigação e adaptação”, ponderou Willian Wills.

Para o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fabricio Machado, com o estabelecimento da Comissão será possível dar encaminhamentos as estas demandas no fórum, apontadas pelo CBC, e também aprofundar em discussões suplementares aos temas que afetam diretamente o clima no nosso Estado, como qualidade do ar, cobertura florestal, recursos hídricos, eficiências energéticas, o consumo das pessoas e o desenvolvimento sustentável das cidades.

“O Espírito Santo tem avançado bastante em iniciativas estruturantes para o enfretamento de eventos extremos relacionados às mudanças climáticas, como a construção do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres, projeto viabilizado pelo Programa de Gestão Integrada das Águas e da Paisagem, e com o Programa Reflorestar, na recuperação e manutenção da cobertura florestal, entre outros projetos estratégicos. E é preciso avançar ainda mais, sempre almejando a sustentabilidade, absorvendo as melhores práticas tecnológicas e introduzindo mecanismos de desenvolvimento limpo”, ressaltou o secretário Fabricio Machado.

A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Cristina Engel, ocupa o cargo de secretária Executiva do FCMC e avaliou de forma positiva o encontro. “A reunião foi extremamente positiva porque houve uma concordância em relação aos indicados à Comissão Estadual de Mudanças Climáticas. Os nomes definidos são muitos significativos”, ressaltou.

“Também é importante que seja comentado que nessa reunião foi feita uma juntada de projetos e programas governamentais para identificar o que já está sendo feito no Estado. Então, essa Comissão terá um abundante material para iniciar seus trabalhos, cujos conteúdos irão auxiliar no delineamento das ações a serem realizadas a partir de agora. A função principal da Comissão será a proposição do Plano Estadual de Mudanças Climáticas que conterá, inclusive, os temas e ações que deverão ser priorizados”, complementou Cristina Engel.

A Comissão

Pelo artigo 11º do regimento interno do FCMC, esta comissão precisa ser composta por nove membros, sendo três representantes do poder público, dois do terceiro setor, dois do setor empresarial e dois da academia, que segue:

Representantes do poder público: SECTI, SEAMA e Defesa Civil

Representantes do terceiro setor: CONSEMA e CERH

Representantes do setor empresarial: Findes e Imetame (Segmento Usuário do CERH)

Representante da academia: UFES e IFES

Calendário

Além da aprovação da Comissão Estadual, foram deliberadas as datas do calendário de reuniões ordinárias do Fórum: 16 de abril e 07 de outubro, podendo ser estabelecidas reuniões extraordinárias durante todo o ano.