Deputado quer priorizar professores, policiais e bancários na vacinação contra o novo coronavírus
O deputado estadual Bruno Lamas (PSB) quer priorizar profissionais da educação (professores, coordenadores, pedagogos, serventes e auxiliares de secretaria, dentre outros), agentes de segurança pública (policiais militares, bombeiros militares, policiais civis e agentes penitenciários) e trabalhadores bancários na vacinação contra o novo coronavírus no Estado.
Para isso, o deputado protocolou um projeto de lei na Assembleia Legislativa, que deverá ser lido logo após o reinício dos trabalhos parlamentares, no próximo dia 1º de fevereiro.
A iniciativa ocorreu horas depois do Ministério da Saúde ter publicado a segunda versão do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, incluindo trabalhadores industriais e portuários nos grupos prioritários para receber o imunizante. A primeira versão foi divulgada em dezembro do ano passado.
Com esses dois novos setores, que totalizam 5,4 milhões de pessoas, o total do público prioritário subiu para 77,2 milhões de pessoas. Mas Bruno defende atenção especial a algumas categorias na hora da imunização.
Segundo ele, professores e demais profissionais da educação devem ser inseridos no grupo prioritário para o recebimento da vacina contra a Covid-19, para permitir uma volta mais segura das atividades presenciais nas escolas.
O deputado alega que o Ministério da Saúde atendeu essa demanda em parte porque esse grupo foi inserido na terceira etapa de vacinação, previsto para ser imunizado no quarto mês após a liberação da vacina.
“Há 10 meses, as escolas estão fechadas no Brasil. O impacto do distanciamento de crianças e adolescentes do ambiente escolar não é novidade e há inúmeras evidências dele.
A partir delas, vários estados brasileiros, seguindo o exemplo de países que já enfrentam uma segunda onda da pandemia, mudaram a classificação da Educação nos planos de contingência relativos à pandemia da Covid-19, considerando-a como serviço essencial para que as escolas se mantenham abertas mesmo em estágios mais restritivos de isolamento”, justificou Bruno.
Para justificar a necessidade de imunização dos agentes de segurança, Bruno destaca que eles foram responsáveis pela manutenção da paz social e estabilidade institucional durante o período de pandemia.
“Não deixaram de ir às ruas, enfrentar as dificuldades do dever que o ofício os impõe. Desse modo, é indispensável a necessidade de priorização dos profissionais de segurança pública, para que continuem exercendo, agora vacinados, a profissão de que tanto necessita a sociedade capixaba”, declarou.
Bruno lembrou, ainda, que os trabalhadores bancários exercem papel fundamental para a economia e que tratam diariamente do público em geral.
Até o momento, foram distribuídas 8,9 milhões de vacinas no País, segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), divulgado ontem (dia 26).
Esse montante é suficiente para vacinar 5,3 milhões de pessoas. Até as 15h de ontem, 21.744 pessoas do público-alvo tinham sido vacinadas no Estado, sendo 9.165 na Região Metropolitana, 5.352 (Sul), 5.221 (Central) e 2.006 (Norte).
Tabela. Quem tem prioridade na vacinação
– Os idosos e pessoas com deficiência com 18 anos ou mais em instituições de longa permanência e indígenas aldeados são citados em primeiro lugar, seguidos de trabalhadores de saúde, pessoas com mais de 75 anos e povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas.
– Fazem parte também, após esses primeiros grupos, idosos de 60 a 74 anos, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente grave, moradores de rua, população privada de liberdade e funcionários dessas instituições, trabalhadores da educação dos ensinos básico e superior, forças de Segurança e Armadas.
– Já haviam sido incluídos trabalhadores do transporte, abarcando aí empregados do transporte público de coletivos, linhas aéreas e transporte metroviário, rodoviário e aquaviário.
Fonte: Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, do Ministério da Saúde.
Tabela. Quais comorbidades são consideradas
Diabetes, pneumopatias graves, hipertensão arterial resistente e de estágios 1, 2 e 3, insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar, cardiopatia hipertensiva, síndromes coronarianas, arritmias cardíacas, cardiopatias congênitas, doenças cerebrovasculares, doenças renais crônicas, anemia falciforme, obesidade mórbida e Síndrome de Down.
Fonte: Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19, do Ministério da Saúde.