Deputado Dr. Bruno Resende debate com a ACACCI uma política de atenção à oncologia pediátrica no Espírito Santo

O deputado estadual Dr. Bruno Resende, presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa e presidente da Frente Parlamentar Contra o Câncer, se reuniu com a ACACCI – Associação Capixaba de Combate ao Câncer Infantil, para debater uma política estadual de atenção à oncologia pediátrica no Espírito Santo.

O encontro foi realizado em Vitória, na sede da ACACCI, em Jardim Camburi, na quinta-feira passada, onde o deputado explicou o Projeto de Lei que está preparando para apresentar na Assembleia Legislativa.

“Nós temos o esboço de um projeto, ele ainda não foi protocolado, e estamos aqui para debatê-lo. Podemos partir para um novo texto se vocês acharem necessário, mas queremos uma política que possa ser aplicada na prática para o paciente”, disse o deputado Dr. Bruno Resende.

De acordo com a proposta inicial do deputado, a política estadual de atenção à oncologia pediátrica deve ter como diretrizes a garantia do tratamento diferenciado, universal e integral às crianças e adolescentes, priorizando o diagnóstico precoce.

DEPOIMENTOS

Três médicos oncologistas pediátricos participaram da reunião de forma virtual. Glaucia Perini, do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), salientou que o atendimento no Estado teve avanços nos últimos anos, mas que é preciso melhorar.

“Em nosso centro de tratamento temos de 100 a 110 novos casos por ano. É importante centralizar os serviços e melhorar nosso centro. Ficamos muito tristes com as mortes evitáveis”, destacou.

Teresa Cristina Cardoso Fonseca, médica da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna (BA) e diretora-presidente Confederação Nacional de Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer (Coniacc), contou que a taxa de cura de crianças com câncer em países de renda alta é acima de 80%, já em países com rendas baixa e média é de 20%.

Ela esclareceu que essa diferença ocorre por conta do fornecimento de condições adequadas de diagnóstico e tratamento.

“Num local socialmente desfavorável a criança tem várias barreiras para enfrentar. A gente precisa de um diagnóstico precoce, não tardio, quando tem uma suspeição (de câncer)”, explicou. Ela comentou que no Brasil não existe uniformidade de tratamento, que a Região Norte tem bem menos serviços habilitados para tratamento do que a Sudeste, por exemplo.

O objetivo do Projeto de Lei em elaboração, de acordo com o Dr. Bruno, é justamente instituir uma política de atenção à oncologia pediátrica com o objetivo de buscar o aumento dos índices de sobrevida, redução da mortalidade e redução do abandono do tratamento, com melhoria da qualidade de vida das crianças e adolescentes com câncer.