Secretaria de Meio Ambiente instala balsas para conter e retirar plantas aquáticas mortas e eliminar mau cheiro na Lagoa do Testa
A secretaria municipal de Meio Ambiente iniciou um amplo trabalho de contenção e remoção de macrófitas aquáticas mortas na região da Lagoa do Testa, que margeia diversos bairros da região 5 do município.
A ação visa eliminar o mau cheiro que vinha incomodando moradores das comunidades próximas, como São José, Lagoa Park, Linhares V, Gaivotas, Nova Esperança e Planalto.
As macrófitas, plantas aquáticas que se multiplicam rapidamente em ambientes ricos em matéria orgânica, acabam morrendo e se acumulando nas margens, liberando gases e causando mau cheiro intenso, especialmente nos dias mais quentes.
O problema vinha sendo relatado há semanas por moradores, que reclamavam de desconforto e de dificuldades para manter janelas abertas por causa do odor constante.
Para resolver a situação, a Secretaria implantou boias de contenção e balsas de fibra no braço da lagoa, em pontos estratégicos, com o objetivo de conter e isolar as plantas mortas, facilitando o processo de recolhimento e transporte para áreas seguras de descarte.
Na quinta-feira (24), cerca de 30 balsas de fibra, cada uma com aproximadamente 500 quilos, chegaram à região do bairro Nova Esperança e foram posicionadas pela equipe técnica. O material tem alta resistência e serve como barreira flutuante para concentrar as plantas mortas em uma área delimitada.
A ação contempla benefícios ambientais, que melhoram a saúde do ecossistema, qualidade da água, aumentando o oxigênio dissolvido, e criando um ambiente mais propício à fauna e flora.
Também previne contra algas e odores, uma vez que a limpeza impede a decomposição anaeróbica, responsável pelo mau cheiro e pela proliferação de algas nocivas.
“Essas balsas de fibra foram planejadas para conter o avanço das macrófitas mortas e evitar que o vento e a correnteza levem o material em decomposição para as margens próximas às residências.
Estamos trabalhando para restabelecer a qualidade ambiental da lagoa e garantir o bem-estar da população”, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente, Tiago Magalhães.
O secretário também destacou que, após a contenção total das plantas, será realizada uma operação de remoção e limpeza do espelho d’água, deixando a lagoa visivelmente mais limpa e livre de odores.
“Nos próximos dias, iniciaremos o recolhimento das macrófitas com o apoio de equipamentos e equipes de campo. Depois da limpeza, a lagoa voltará a ter seu espelho d’água visível e a comunidade poderá aproveitar um ambiente mais agradável”, completou Magalhães.
A iniciativa faz parte de um plano emergencial de gestão ambiental voltado à recuperação dos corpos hídricos urbanos de Linhares. A Secretaria também pretende realizar ações contínuas de monitoramento da lagoa, para evitar que o problema volte a ocorrer, especialmente durante períodos de maior acúmulo de nutrientes na água.
Macrófitas
As macrófitas aquáticas são plantas de água doce benéficas e podem ser emersas, com folhas flutuantes, submersas livres, submersas enraizadas e flutuantes. Se alimentam de resíduos orgânicos e ajudam a melhorar a qualidade da água.
Ao mesmo tempo que são fontes de alimento para algumas espécies e filtram poluentes, o excesso dessa vegetação prejudica o curso do rio e pode interferir no ecossistema do local em que se encontram devido a sua decomposição.

