Economia

Plano de Sustentabilidade da Ales projeta economia milionária

Tornar a Assembleia Legislativa (Ales) ainda mais sustentável, promovendo um conjunto de ações voltadas para a gestão pública eficiente, com a utilização racional dos recursos e a adoção de práticas sustentáveis de natureza ambiental, social e econômica.

Esse é o objetivo do Plano de Sustentabilidade Institucional (PSI), que foi apresentado aos parlamentares na sala de reunião da Presidência na tarde desta terça-feira (14).

O PSI estabelece metas objetivas, como diminuir em 30% o consumo de água na Casa, implantar sistema de desligamento automático em aparelhos, instalar sensores nas salas de reuniões e adotar critérios ambientais em 100% das licitações.

Também prevê o estímulo ao uso de transportes sustentáveis, capacitação dos servidores, implantação de caixas coletoras de chuvas e a criação de um portal de transparência ambiental, que permitirá o acompanhamento público de resultados.

“Nós temos um consumo de água excessivo, um cabeamento elétrico totalmente ultrapassado, com a possibilidade de colocar células fotovoltaicas.

Nós temos um descarte do lixo que não é totalmente adequado, por mais que já tenhamos iniciado um processo, precisamos fazer que ele alcance toda a Assembleia”, afirmou o presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (Ales).

Além disso, a iniciativa amplia ações que já trazem resultados, como o Ales Digital, que reduziu o uso de papel em 50%; a coleta seletiva e o apoio à associação de catadores, que em apenas dois meses geraram R$ 12.442,00 de renda e mais de 60 kg de embalagens recicladas; a adesão da Assembleia às 18 metas dos ODS da ONU; e a implantação do projeto Arranjos Produtivos, que já atendeu mais de 25 mil agricultores capixabas.

O presidente destaca os objetivos do PSI: “vai gerar uma economia para os cofres públicos de aproximadamente 50% daquilo que nós temos, por exemplo, destaco o consumo de energia e de água. (…) Nós vamos melhorar a questão ambiental, mas a economia de recurso público é fundamental porque nós temos que mostrar para a população que nós tratamos com muito zelo o recurso público que é do cidadão, que faz com que tenhamos o funcionamento da Assembleia”.

Sergio de Sá, diretor de Sustentabilidade da Ales, contou que o plano faz parte de um conjunto de iniciativas elaboradas a partir da criação da diretoria, que passou a capitanear ações com foco em medidas de sustentabilidade. A estimativa é de uma economia anual de até R$ 1,5 milhão.

“O plano de sustentabilidade é justamente para apresentar as iniciativas, para ter indicadores. Nada mais importante no setor público que você ter indicadores, quanto que você está reduzindo de consumo de energia, de água, então esse plano vem com esse propósito de sistematizar os projetos, apresentar as informações, envolver os servidores para que de fato a sustentabilidade saia do papel e seja apresentada para a sociedade”, ressaltou.

Quem fez a apresentação do plano para os deputados foi o subdiretor de Sustentabilidade, Williman Andrade, que falou um pouco sobre as metas do PSI. “A gente vai trabalhar um projeto em redução de 50% do volume de água.

Estima-se quase R$ 200 mil ano de economia. Outro ponto é a energia elétrica, pagamos em média R$ 150 mil por mês, então com projetos de energia fotovoltaica utilizando uma própria estrutura ou alugando essa energia de fazenda fotovoltaica, a gente tem estimativa de 30% a 40% de redução dessa conta”, salientou.

Por fim, ele reforçou a necessidade de envolver deputados e servidores para a implementação do Plano de Sustentabilidade Institucional.

“Ninguém faz nada sozinho. Então, se não tiver participação dos servidores tanto da área administrativa quanto da área parlamentar e com o apoio dos seus diretores, dos secretários, dos parlamentares, nada funciona. (…) O envolvimento é essencial”, concluiu.

Plano 

O PSI tem como diretrizes o uso racional de água e energia elétrica; gestão adequada de resíduos sólidos e estímulo à coleta seletiva; redução do consumo de papel e incentivo à tramitação eletrônica de documentos; adoção de critérios de sustentabilidade nas aquisições e contratações públicas; promoção da educação ambiental e da conscientização dos servidores e colaboradores; incentivo ao uso de meios de transporte sustentáveis; e monitoramento e avaliação de indicadores de desempenho ambiental.

A Diretoria de Sustentabilidade, sob a supervisão da Mesa Diretora, será a responsável pela elaboração, implementação, monitoramento e revisão periódica do PSI. As metas, indicadores e ações específicas do plano serão detalhados em documento próprio, a ser publicado dentro dos próximos 90 dias.

Entre as metas já estabelecidas estão reduzir o consumo de papel em 50% em 2 anos, eliminar 100% do uso de papel em comunicações internas em até 1 ano, trocar 100% da iluminação por LED em áreas comuns em 1,5 ano, implantar sensores em 100% das salas de reuniões e, 1 ano e reduzir em 30% o consumo médio de água em 2 anos.