Dengue

Colatina inicia capacitação para implantação de armadilhas de monitoramento do Aedes aegypti

A Secretaria Municipal de Saúde de Colatina realizou, esta semana, uma capacitação voltada para agentes de endemias dos municípios de Colatina e São Roque. A formação, realizada com apoio da Secretaria Estadual de Saúde, marca o início do preparo para a implantação de um novo programa de monitoramento do Aedes aegypti, previsto para começar em janeiro de 2026.

A iniciativa apresenta o uso das ovitrampas, armadilhas simples que ajudam a identificar precocemente a presença do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O objetivo é ampliar a capacidade de vigilância do município e planejar ações mais rápidas e eficientes de combate ao vetor.

Uma estratégia que antecipa o problema

Durante a capacitação, os agentes aprenderam como montar, instalar e analisar os resultados das armadilhas. O método permite identificar áreas com maior circulação do Aedes antes mesmo do surgimento de casos suspeitos, trazendo vantagem estratégica na proteção da população.

“O monitoramento por ovitrampa é uma ferramenta que fortalece nossa vigilância e permite agir de forma preventiva. Quanto mais cedo identificamos focos, mais rápido conseguimos organizar mutirões, orientar moradores e evitar surtos”, destacou o superintendente de Vigilância Sanitária em Saúde, Ailton Baptista de Oliveira Júnior.

Como funcionam as ovitrampas

As armadilhas simulam um ambiente ideal para postura de ovos. Dentro do recipiente, uma paleta de madeira recebe os ovos depositados pelas fêmeas atraídas por uma solução preparada pelos agentes.

Depois da coleta, as paletas são enviadas para análise. A quantidade de ovos encontrada revela o nível de infestação de cada área e orienta as equipes sobre onde concentrar esforços.

Instalação em pontos estratégicos

As ovitrampas serão instaladas em diferentes regiões da cidade, em áreas externas, protegidas do sol e da chuva e fora do alcance de crianças e animais. Esses pontos monitorados vão compor um mapa atualizado da presença do mosquito nos bairros, permitindo intervenções rápidas e direcionadas.

Avanço no combate ao Aedes aegypti

O uso das ovitrampas amplia, ainda mais, estratégias de enfrentamento ao vetor e previne doenças que representam risco para a população. Além de econômico, o sistema tem alta sensibilidade e permite respostas mais precisas.

Com a capacitação concluída, o próximo passo é definir os locais de instalação e iniciar as atividades de campo já no início do ano.