Vice-governador do Rio de Janeiro, já conversa com deputados sobre Impeachment de Witzel

O vice-governador, Cláudio Castro, esteve na semana passada, no centro administrativo da Assembleia Legislativa para discutir acordos diante da possibilidade de o governador sofrer impeachment. Oficialmente, o objetivo da visita foi apenas “distensionar o ambiente”.

O nome do ex-chefe de gabinete do deputado estadual Márcio Pacheco (PSC), o vice-governador Cláudio Castro, circula com facilidade por corredores e salas do Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

A agenda de Cláudio Castro, o vice que assumirá o governo do Rio de Janeiro se sair o impeachment de Witzel, está gradativamente se tornando mais lotada do que a do governador.

Cláudio Castro tem preferido a discrição nos últimos dias. Os cuidados com a privacidade encontram explicação no motivo da visita: Castro começou a negociar acordos com deputados, a serem honrados caso venha a assumir o governo fluminense com um possível afastamento de Wilson Witzel.

Os recursos de Witzel têm se esgotado a cada dia e a sua saída se torna iminente. Nessa semana o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido do atual governador do estado para que o processo de impeachment que tramita na Assembleia Legislativa (Alerj) seja suspenso. Isso denota que também não possui mais um apoio do Judiciário.

No atual cenário, será difícil algum desembargador querer intervir no processo de destituição para defender Witzel, diante de tantos fatos e provas.

No Rio de Janeiro, a exoneração para ser aprovada precisa do voto de cinco parlamentares e cinco desembargadores. Entre os parlamentares já é consenso os cinco votos.

Se houver empate, quem desempata é o presidente do TJ, mas diante do pedido negado nessa semana, o Tribunal de Justiça também se mostra favorável à desocupação do cargo. Segundo o presidente da Alerj, Wilson Witzel não passa de agosto.